26 julho 2006

Semana de muitas notícias sobre reciclagem

Notícia do Diário do Grande ABC de 20/07/2006 ( http://economia.dgabc.com.br/materia.asp?materia=540604 ): Das 177 toneladas de vidro que a LG Philips funde em Mauá-SP para a produção de telas de televisores e monitores, 60% da matéria-prima são cacos de vidros, provenientes de telas de monitores e televisores usados e reciclados. Mas só 15% desses cacos são nacionais, o resto é importado. E esses 15% provêm de reciclagens de sobras ou refugos da própria unidade. Nesse caso, o material reciclado tem de ser de outras telas de televisores. O Brasil não tem legislação que determine a destinação para aparelhos de TVs e monitores sem uso. Por isso eles acabam nos aterros sanitários, rios e por aí afora. Ainda não há quem recolha e revenda esse material.

Notícia do Estado de São Paulo de 25 de Julho de 2006 ( http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/jul/25/257.htm ): Cidades dos EUA testam calçadas de pneu reciclado. A superfície absorve choques, o que suaviza a carga nas juntas de corredores e machuca menos no caso de tombos eventuais. Washington e uma dezena de outras comunidades dos Estados Unidos estão instalando calçadas de borracha, feitas de pneus moídos. As praças de borracha são até três vezes mais caras que as de concreto, mas duram mais, porque a raiz das árvores e as mudanças de tempo não causam rachaduras nelas.
A superfície também absorve choques, o que suaviza a carga nas juntas de corredores e machuca menos no caso de tombos eventuais. As calçadas de borracha também são consideradas mais "ambientalmente corretas": oferecem um modo de reciclar os 290 milhões de pneus que, estima-se, são jogados fora a cada ano, apenas nos EUA, e não machucam as árvores como as lajes de concreto.

Notícia do Diário de Cuiabá de 26Jul2006 ( http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=261137 ): Brasil é o maior reciclador de embalagens de agrotóxico do mundo. O Brasil não só é o único país a ter legislação específica sobre o descarte de embalagens vazias de agrotóxico, como também é o maior reciclador mundial dessas embalagens. Os potes de veneno são transformados em conduítes para construção civil.

Notícia da Gazeta do Povo de Curitiba de 24 de Julho de 2006 ( http://canais.ondarpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?id=584933 ): Reciclon transforma lixo em lucro. Uma empresa de Curitiba está transformando antigos problemas sanitários em dinheiro. A Reciclon – recém-criada pelo engenheiro ambiental Otávio Malucelli e pelo jornalista João de Oliveira – venceu em janeiro uma concorrência pública da prefeitura da cidade. Com o contrato, ela compra o lixo verde – galhos e montanhas de grama e gravetos – colhido pela limpeza municipal pelo qual paga R$ 0,12 por tonelada. “Até com transporte economizamos, pois antes levávamos os dejetos diariamente para fora da cidade, e hoje transportamos somente até a empresa recicladora, situada no bairro Ganchinho”, explica o superintendente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Mário Rasera.Segundo Malucelli, com uma máquina trituradora, a Reciclon transforma mensalmente 1,5 mil toneladas desse lixo em combustível para caldeiras industriais de empresas que estão alterando a matriz energética poluidora para a biomassa. Doze funcionários da empresa garantem a entrega diária a quatro clientes – que podem optar por receber o material completo ou apenas os resíduos de madeira, que servem para queima com maior poder calorífico ou para a fabricação de aglomerados de madeira. O insumo também pode ser prensado para produzir briquetes (pequenos tijolos de resíduos que substituem a lenha e o carvão).

Notícia do Jornal de Negócios de Portugal de 26 de Julho de 2006 ( http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=Content_Empresas&CpContentId=279455 ): Segundo pesquisa do IST, cerca de 59% dos resíduos de construção e demolição (RCD) tiveram um destino final desconhecido em 2005. Os 14 operadores licenciados para a gestão destes resíduos em Portugal têm uma capacidade de deposição e armazenamento de, pelo menos, 12,7 milhões de toneladas, mas não existe procura. De acordo com um estudo orientado por Fernando Branco, docente do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, e Said Jalali, professor da Universidade do Minho, a produção anual de RCD do País pode ascender a 4,4 milhões de toneladas. Contudo, em 2005 os operadores receberam apenas 1,8 milhões de toneladas, desconhecendo-se o paradeiro das restantes 2,5 milhões de toneladas. A empresa J. Batista Carvalho explora o aterro de Cantanhede, um dos dois locais licenciados pelo Ministério da Economia para a deposição de RCD. Apesar de ter uma capacidade mínima de 2,5 milhões de toneladas, em 2005 recebeu apenas 9 241 toneladas destes resíduos.

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