20 março 2010

O eco-design e a construção de garrafas: Vamos parar de banalidade aí?

















Ando recebendo muitas vezes o mesmo e-mail com fotos de uma alvenaria de garrafas PET. Na verdade tem muita coisa na internet sobre reciclagem de garrafas PET de tudo quanto é jeito: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1C1GPCK_enBR352BR352&q=reciclagem+garrafas+PET&meta=&aq=f&aqi=g3&aql=&oq=&gs_rfai=

Estou falando das fotos como essa abaixo em que aparece essa moça, que os e-mails apresentam como uma "biógola":















Engraçado também a quantidade de notícias recentes na internet sobre a casa de garrafas de vidro do argentino Tito Ingenieri (http://www.google.com.br/search?rlz=1C1GPCK_enBR352BR352&sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=argentino+casa+garrafas+tito).

A maioria é pura repetição com falhas da BBC, trocam o nome do sujeito, dizem que o apelido Ingenieri (engenheiro) é o nome do cara, grafam errado (inginieri), postam fotos de outros lugares, postam fotos ruins etc. E essa casa em si nem é bonita. O lugar todo é meio sujo. A idéia é entrar para o livro Guinness. Este parece um bom artigo original sobre essa casa: http://www.elmurocultural.com/titoingenieri/index.html















Não tem muita novidade em alvenaria com garrafas, e no site TreeHugger tem uma matéria legal sobre construções com garrafas: http://www.treehugger.com/files/2007/10/bottle_building.php















Tem muita coisa interessante sobre reciclagem de garrafas, mas nem tudo parece possível, e quase nada é informado, muito menos explicado. Um vaso sanitário de PET me pareceu interessante (ver imagem abaixo), mas parece que só pintaram um desenho durão como se fosse de PET.




















Em termos de mobiliário urbano já teve uma idéia interessante com garrafas. Yvette Hurt da Art in Motion em Lexington, no Kentucky, impressionada com uma pesquisa que "descobria" (duh...) que mais gente usa os pontos de ônibus do que os equipamentos urbanos de arte, tipo museus etc (cada pesquisa que nego inventa...). Mas enfim, daí surgiu um concurso de abrigos de ônibus artísticos, e o primeiro lugar foi de um projeto por Aaron Scales do escritório de arquitetura McKay Snyder Architect _ chamado bottlestop _ e feito com garrafas de Ginger Ale recicladas.































Por outro lado tem muita coisa legal bem simplória feita de PET reciclado. Tem coisa muito bacaninha que é muito fácil de fazer, como as cestinhas de fitas de PET (ver imagem abaixo).

















De bacana tem por exemplo o templo budista bem feito com garrafas (também do TreeHugger: http://www.treehugger.com/files/2008/10/temple-built-from-beer-bottles.php











































































































E de bacana mesmo, embora pareça lenda, tem o projeto da Heineken, de remoldar garrafas de cerveja em tijolo de vidro. E era uma idéia de 1963, chamada de Heineken WOBO (world bottle). A idéia era do próprio dono da fábrica holandesa de cerveja, Alfred Heineken que encarregou o arquiteto holandês John Habraken (http://www.habraken.com/). A idéia inicialmente não era de reciclar as garrafas, mas de engarrafar a cerveja num tijolo de vidro. O tijolo de cerveja, o “brick that holds beer” estava a frente do seu tempo. Imagina a quantidade de cerveja que daria uma casa. Imagina um mutirão de amigos bêbados quebrando os tijolos todos tentando construir uma casa de cerveja. Imagina um bar de tijolo de cerveja. A idéia do Mr Heineken surgiu de uma visita turística ao Caribe, em que ele se surpreendeu numa praia linda, que estava poluída de garrafas de cerveja, inclusive garrafas de Heineken importadas da Holanda. A Heineken WOBO pareceu uma idéia que resolveria os problema de habitação em países pobres ao mesmo tempo em que aumentaria as exportações da Heineken mundo afora.

O design da garrafa Heineken WOBO vinha em dois tamanhos – versões de 350 e 500 mm. A alvenaria considerava as garrafas na horizontal, travadas pelo próprio lay out, e pela argamassa de assentamento. Cerca de 100.000 garrafas chegaram a serem produzidas em 1963, e alguns protótipos chegaram a ser construídos com essas garrafas, inclusive uma cabana para a propriedade de Mr Heineken em Noordwijk. O design apresenta problemas com vãos, com quinas etc, mas a idéia ainda parece muito promissora, embora pareça completamente esquecida. Em 1975 a idéia pareceu recomeçar a brotar, quando o publicitário Martin Pawley publicou um projeto que a anunciava uma nova mensagem na garrafa (WOBO: a new kind of message in a bottle). Dessa vez a Heineken, novamente com o arquiteto Habraken, projetou um galpão feito de tambores de chope e tetos de kombi (vai entender o que a Kombi tinha a ver com isso).

Seguem-se as imagens que eu achei na internet sobre a Heineken WOBO:










1 comentário:

bambu disse...

q legal essas informaçoes me foram de grande ajuda ,estou justamente construindo minha loja de artesanato toda de pet e garrafas de catuaba na horizontal e estava encabulada com aquele templo budista .