30 março 2009

Novas receitas de concreto



Por questões, digamos, ambientais, os grandes produtores de materiais, vêm tentando evitar a geração de CO2, ou diminuir seus resíduos. A Cemstone Products Company, fornecedora de concreto para a nova ponte I-35W sobre o Rio Mississippi a leste do centro de Minneapolis desenvolveu um novo tipo de concreto.

No concreto o cimento e a água formam uma pasta em que ocorre a reação de crescimento (como uma espuma que cresce) e de endurecimento que trava os agregados. (presos na espuma endurecida). A reação "usa" a água (que não evapora) e produz calor, mas também faz o concreto fica cáustico (corrosivo). E isso que ocorre enquanto houver água, mesmo proveniente da umidade exterior, anos depois da reação inicial. A hidratação do cimento ocorre em camadas de fora para dentro, de modo que a reação continua, embora cada vez menor e mais lentamente.

Boa parte do cimento Portland da ponte em questão foi substituído por dois resíduos industriais — cinzas volantes e cinza pesada de termo-elétricas ou altos-fornos. Ambas pozzolanas aumentam a resistência do concreto. Com partículas menores (micro sílica, cinzas volantes ou pesadas) o concreto fica mais denso, menos poroso, mais resistente em termos de mecânica, e sobretudo, mais impermeável, o que protege o concreto da infiltração de sais, que trazem corrosão para as barras de aço, e mais umidade para mais reações. Alguns fabricantes acrescentam também dióxido de titânio, o que além de tornar o cimento mais branco, acelera a oxidação natural.

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