13 junho 2007

seção lá vem bubiça

Escalabilidade e tecnologia

Uma turbina hidrelétrica é um gerador de energia relativamente ecológico. E se fosse possível dividir (escalar) uma turbina em 10.000 pequenas turbinas? Além dos problemas de fabricação (é difícil fabricar miniaturas), há problemas com os materiais (os átomos não são escaláveis), e até com problemas de mecânica (aumento da fricção nos milhares de novos rolamentos etc). E o movimento browniano? É o movimento aleatório de partículas macroscópicas num fluido, que advém dos choques das moléculas do fluido nas partículas. Bem...

A escalabilidade é uma idéia legal, apesar dos dificuldades. Físicos vivem discutindo sobre os limites do homem como construtor. É um problema de escalabilidade. A nanotecnologia é um exemplo disso. O menor tamanho permitiria melhor controle de tudo. Hoje em dia se mede a capacidade de um povo mais por suas miniaturas do que por suas maravilhas gigantes. Grandes coisas.

Justamente quando o progresso eletro-mecânico começou a fazer sucesso, os arquitetos começaram a reclamar o "resgate" da escala humana. Essa conversa toda se traduziria em enfiar o mínimo de espaço (apertado) nos clientes ricos (o minimal chique otimiza a renda dos arquitetos).

Talvez o homem do futuro (ontem, por exemplo) viva numa enorme metrópole, mas trabalhe numa fábrica do tamanho de uma caixa de fósforo, e venda seus mini moedores de carne por internet de celular. Com esses programas Shoptime como fica o prazer de se sentir parte de uma comunidade, sentir a natureza, curtir as tradições culturais e familiares?

A medida em que escalamos nossas tecnologias, para maior ou para menor, expomos nosso poder, e fragilidades. Tudo muda o tempo todo no mundo, não é? Do muito confortável, passamos cada vez mais rápido ao desagradável. Mas e aí? Dá, ou não dá, para colocar meio milhão de mini turbinas na fachada de um edifício auto-sustentável? Qual seria a régua de escala ideal para um projeto desses?

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